Sempre acreditei que a vida, essa que nem sabemos bem o que é, era demasiado grande para se perder por ai, assim rápido e fácil. No entanto e, como muitos de vocês, devo-me ter percebido ao longo dessa mesma que, infelizmente tudo se perde num segundo e, por vezes, nós nem damos por isso.
Posso afirmar, com toda a minha certeza, que tenho saudade de tudo o que fui, de tudo o que passei e vivi e...ainda foi ontem, ainda foi à uma hora, um segundo, porque pode tudo...desaparecer no segundo seguinte.
Pode até parecer demasiado deprimente e profundo, pode parecer sem nexo, mas gosto de pensar que, mesmo que não seja assim, nós devíamos de viver cada segundo como se fosse o último e quando penso nisso, tenho que automaticamente acrescentar aquele grande sentimento de culpa e arrependimento por tudo o que ficou pelo caminho...aquelas ditas cujas palavras que tanto se deve dizer e que por orgulho não se diz, ou aquele momento que fomos em frente e se calhar deveríamos ter voltado atrás.
A vida, essa demasiado efémera e que ainda ontem me deixou com saudades de quem já foi, de quem partiu para nos dar uma lição e que ficou da mesma maneira. Pensei em todos, pensei no quanto eu dava para poder dar a mão, nem que fosse só mais uma vez, a quem já não posso, a quem só me veio cá dizer olá...e saber que vai estar ai...sempre a olhar por mim.
É tudo um segundo...e nós perdemos tantos.
Beijo,
Patrícia.