Ainda algum tempo, não muito, ouvi uma caloira minha (já de alguns anos, porque até ela já acabou o mestrado!), dizer que não é o facto de termos uma licenciatura ou um mestrado que faz com que nós tenhamos um "seguro de vida", mas sim o quanto nos esforçamos por ser os melhores. Eu concordei.
Quando me candidatei na altura para a minha licenciatura e posteriormente mestrado, fiz com dupla intenção: a de trabalhar conforme as condições que me pareciam mais seguras, mais ambicionadas por mim e também pelo facto de ser aquela a área que eu desejava trabalhar o resto da vida, ou pelo menos, era o que pensava...e ainda penso! Estranhamente sou daquelas que gosta de encher a secretária de papel e trabalhar sobre ele.
No entanto e como a maioria dos licenciados de Portugal, eu estou fora da minha área, mesmo depois de um estágio que fiz dentro dela. E custa. Custa por diversas razões, mas a maior delas todas é mesmo o esforço, o trabalho, o dinheiro, o sonho (no meu caso) e também a força de vontade que depositei nos meus anos como estudante universitária.
Não desgosto do que faço agora. É diferente. E como tudo na vida faz nos pensar até que ponto queremos realmente algo. Até que ponto valeu a pena. Eis que, não preciso de pensar muito para saber que mesmo depois do resultado que se tem tido, nada foi em vão. Porque nada do que sonhamos e realizamos é em vão. As nossas expectativas podem ser muito altas, os nossos sonhos também. Mas, como tudo na vida, tudo muda e tudo tem uma grande e forte razão de ser. Talvez seja o passo que se precisa de dar, talvez seja a oportunidade que precisa aparecer, talvez seja um empurrão para algo melhor. Até porque...temos que nos esforçar por ser os melhores...e acreditem que isso não acontece de um dia para o outro.
Beijo,
Patrícia.